domingo, 4 de outubro de 2009

o que fala o silêncio?

de que fala o sumiço?

humrum!

pois é!

domingo, 13 de setembro de 2009

"deixa o sol sair"

Há algum tempo atrás escrevi este texto. Como tive dias ruins de recolhimento, e escolhi não acolhê-los por mais tempo do que o necessário para "elaborar" os problemas, lembrei do escrito.

então aí vai...

Felicidade

Ser feliz é uma escolha. Beira o absurdo dizer isso numa época em que felicidade parece ser coisa para meia dúzia de escolhidos. Ou coisa que se vende em embalagens coloridas com letras garrafais, em alguma prateleira.
Ser feliz é uma escolha. Uma escolha que não significa que vou estar contente, alegre e satisfeito vinte e quatro horas do meu dia, mas que todos os minutos vou ter em mente que fiz uma escolha: ser feliz, e que o meu propósito é manter este estado de espírito. Felicidade é um estado de espírito. Um estado permanente, eu diria.
Escolher ser feliz me dará a possibilidade, ou mesmo o direito, de estar triste algumas vezes; de reclamar do preço da gasolina, de achar que a grama do vizinho é mais verde. Mas me dará, também, a certeza de não ser infeliz, com seus estágios mentais negativos e sombrios.
Veja bem, eu escolho como essência da minha alma a felicidade, e assim terei como pauta da minha vida o meu bem-estar. Porque quero! Porque posso! Porque mereço!
Uma escolha como esta pode não me trazer a felicidade reluzente dos sorrisos dos comerciais de pasta de dente. E talvez não traga a esfuziante alegria de dirigir um carro do ano ouvindo a trilha sonora de um filme estrelado por uma atriz linda e loura, apaixonada por um bonitão arrasador, também loucamente apaixonado por ela. Talvez não traga. Mas certamente, escolher ser feliz, na sua essência, vai te trazer a satisfação de estar sempre cuidando muito bem de você. E isso é felicidade.




sábado, 5 de setembro de 2009

deixa estar...

Tempo instável com variações significativas de humor. Um estado de angustia incessante, que por vezes dá uma trégua para o riso – mérito das companhias, não meu.

Faltei à academia a semana inteira sentindo indisposição, sono, enjôos. Minha terapeuta diz que é um quadro clássico de estresse pós-traumático [ei, não pense em grandes tragédias, é que fui submetida a situações que me trouxeram dores antigas de duas épocas diferentes da minha vida]. Comi muito mal: fritura, açúcar, refrigerante, etc. etc. etc. Talvez isto esteja contribuindo para a sonolência e a indisposição. Efeitos do excesso de açúcar! Já se sentiu assim?

Por dois dias tive que fazer muito [mas muito mesmo] esforço para ir à aula, e me orgulho de ter conseguido ir.
Bom, aqui gangorra com surtos de lucidez. Minha cabeça martelando o “por quê” das coisas, “elaborando” meu comportamento, e quanto mais eu penso, menos saio do lugar.
Deixa estar...

Programa de hoje: assistir o Brasil X Canadá no basquete com marido, enteado e
norita tortita. Depois vamos ver marido tocar com Iracema Teles e Zequinha no
Bar Bossa Nova. Olha aí, tenho um monte de motivos pra ficar feliz!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

meu estado

letargia
s. f.
1. Sono profundo em que a circulação e a respiração parecem estar suspensas.
2. Fig. Apatia, indolência extrema.


indolência
s. f.
1. Qualidade de indolente.
2. Falta de força ou de estímulo para actuar!atuar no momento oportuno.
3. Med. Insensibilidade física; falta de dores.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

[...]

dias atribulados de tão felizes...

dias atribulados de dias não tão felizes...

dias atribulados de colocar as coisas nos seus lugares...

balanço: vai ficar tudo bem!

sábado, 15 de agosto de 2009

tédio

Sábado à noite, vinte horas e cinqüenta minutos. Já joguei city bloxx no celular, já vi um pedaço do jornal nacional, já procurei algo interessante pra ver na TV a cabo, já li um pouco, mas nada me prende. Estou extremamente entediada. Não há nada que eu queira fazer dentro desta casa e meu marido e senhor está lá fora preparando as aulas dele da semana.

Em momentos de tédio como esse, só penso em pipoca, sorvete, pizza, sanduíche...
Começando a ficar irritada com a tentativa de resistir.
Estou com raiva.
Muita raiva.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Sem culpa



Ontem foi lançamento do V FESTIVAL CANTOS DO PIAUÍ, no Espaço Osório Júnior do Clube dos Diários. Sanfoneiro [marido] estava trabalhando na coordenação do evento. Fui a pedido dele, já imaginando que depois da solenidade ele inventaria de comer.

Enquanto ele ajustava as coisas fiquei sozinha arrumando um jeito de pedir pra comer um sanduíche natural; armando desculpas para não ir; ou no pior das hipóteses, reunindo forças para resistir à picanha. Viajava nas possibilidades, quando parei e pensei: está certo eu me privar assim?
Passei a tarde na rua fazendo pesquisa de preços de bebidas pra formatura da minha irmã. Comi barra de cereal sentindo o cheiro da ‘bomba’ [de queijo e presunto] do meu amigo Zabumba. Recusei a pizza do GigaPizza comprando o livro Ultra-metabolismo, do Mark Hyman, sobre dieta e nutrição. E passei por essas numa boa, sem sofrimento, porque sei que são coisas que posso, e devo recusar. Mas à noite não deu tempo de comer nada além de uma banana antes de sair. O Sanfoneiro estava apreensivo com o evento, mas sabia que ao final estaria feliz, e como de costume, ia querer sair pra relaxar, comer, e conversar sobre a semana que a gente passou meio distante por causa do volume de trabalho dele.
Então, eu me privaria deste momento? De sentar, pedir algo pra comer, conversar enquanto espera, sobre o que um e outro fez, ou viu, durante a semana?
O contra-ataque do pensamento foi que eu deveria me privar por algum tempo, até conseguir o resultado pretendido, e depois voltaria a comer de forma equilibrada. Mas [e mais um mas...] é possível ter equilíbrio depois de se privar tanto?
Da minha vasta experiência digo que não tenho conseguido esta façanha. O que normalmente acontece é que me privo de praticamente tudo o que gosto [e engorda], perco peso, e quando estou me sentido, começo a relaxar e comer. E comer só um pouquinho mais. E comer só até esse final de semana. E comer doce porque já comeu pizza, então já estragou tudo mesmo... e comer até engordar tudo de novo.
Resultado: saí sim, com meu sanfoneiro, e meu tio [também músico, e amigo de longa data de marido] que eu não via há tempos; comemos uma picanha no Casarão e rumamos felizes da vida para casa. E eu afastei a idéia de comprar um picolé Mega [tuuudo de bom e calórico].
Preciso de equilíbrio pra comer, eu sei. Sei também que estes momentos não devem ser os único de partilha entre nós – e não são. Mas ontem eu realmente elaborei a situação e decidi que o melhor era relaxar, comer [sem exagero!], e continuar cuidando de comer muita verdura e muita fruta.
Bom comer sem culpa.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

dia 1 da academia

Entendi que precisava de uma academia. Mas não uma academia qualquer em que eu chegasse, pegasse uma ficha e ficasse lá malhando sozinha. É, mas essa academia com atendimento personalizado é bem mais cara e fica a treze quilômetros da minha casa.
Impasse inicial: grana.

Pensei, repensei, ponderei, e como um tapa na cara lembrei-me do quanto já gasto com pizzas, picanhas, sandubas e etc., etc., etc.... No frigir dos ovos [lá se vem comida!], é um dinheiro que gastamos por mês comendo fora.

Então, acabo de chegar de lá. Espaço vida, sala da Teresa Lemos.

O primeiro dia não poderia ter sido melhor.

E ela me inspirou mais uma lista:
1. Consegui parar de beber quando nem eu mesma acreditava que poderia;
2. Tenho vencido a procrastinação crônica e voltei a estudar;
3. Ganhei um concurso literário concorrendo com 25 obras;
4. Passei no vestibular numa faculdade pública, depois de 10 anos de concluído o ensino médio, vencendo uma concorrência de 15 pra 1;
5. Ano passado perdi 13 kg em 9 meses;
6. Venci n-numerais-fatoriais e indizíveis problemas;

E é a comida que vai me vencer?

Simbora!!!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

O post passado foi lacônico: “começou!”. E nada começou. Mais um comportamento auto-avaliado como negativo: sentir-me na obrigação de fazer alguma coisa, embora não preparada, e restar aquela velha sensação de frustração tão bem conhecida.

Comi toda a sorte de porcarias na semana em que “começou!”. Inchei mais um pouco. Tenho olhado o meu rosto e os meus braços no espelho e me dá uma vontade de sair correndo.

Ontem enquanto tentava dormir, pensei em fazer uma lista de pontos negativos de estar acima do peso, e dos pontos positivos de não restringir a alimentação.

Vamos lá:

O RUIM DE ESTAR COM 80 KG [sim, é isso mesmo... 1,58, e 80kg]:

1. Meu rosto longo vira uma coisa redonda meio ovalada;
2. Meus braços parecem os do incrível Hulk, só de gordura;
3. Parece que estou eternamente em perigo de afogamento, com uma enorme bóia na cintura; [que cintura?]
4. Fico com taquicardia facilmente;
5. Dores horríveis na região lombar;
6. Dificuldade pra respirar;
7. Não tenho mais roupa que caiba;
8. Ter que comprar tudo folgadão pra não marcar as banhas;
9. O inconveniente de experimentar “n” roupas e “n”enhuma caber;
10. Minhas coxas viram irmãs siamesas, o que me causa assaduras;
11. Não poder cruzar as pernas;
12. Fico com um segundo queixo;
13. Tenho dores de cabeça com freqüência;

Além disso: sou hipertensa, o peso é um agravante; tenho ovário policístico, a gordura influencia na produção de hormônios, que influencia no funcionamento dos ovários, que influencia na dificuldade de engravidar; e tenho gastrite.

O BOM DE ESTAR COM 80 KG:
?????????????

Pois é...

terça-feira, 28 de julho de 2009

é hoje!

Pronto. É hoje!

começou!

sábado, 18 de julho de 2009

nós merecemos

Eu, num habitual ataque de insegurança:
- amor, você acha que vai me amar a vida inteira?
Ele:
- Não, a vida inteira não.
Parou um instante, pra depois continuar:
- Essa vida inteira é pouco; eu vou te amar por todas as minhas vidas. Eu vou te amar pra sempre!

Ri a surpresa da resposta, o abraço apertado que ganhei, o sorriso maroto de quem sabe que disse o que queria ser ouvido. Mas foi mais do que eu esperava ouvir, apesar de sentir que ele estava sendo sincero, e pensei que meu marido não merece uma mulher insegura, mal humorada porque nãao cabe mais nas roupas, infeliz com as linhas redondas do rosto, e com taquicardia com o menor esforço.
Marido é companheiro, vive dizendo que eu sou linda, adora me apertar, e nunca reclamou do meu peso. Mas o excesso de peso me deixa irritada, insegura, frustrada, e não há amor que resista a isso. Não é o peso; é a maneira como eu o encaro.
Mais um ponto a favor da educação alimentar: meu casamento é meu bem; e meu bem, definitivamente, é estar com vinte quilos a menos. E assim me manter.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

DIA DOIS

Eu tentei... juro que eu tentei... mas olha isso:

http://www.ateliedochef.com.br/

IMPOSSÍVEL resistir.

Vou ali dar tchau pra ela, tá?

rs.

terça-feira, 14 de julho de 2009

DIA UM!

Primeiro dia de uma decisão muito importante. Decidir começar a dieta? Não; dia de decidir começar a falar sobre ela.

Li na revista “Saúde” de uns meses atrás, que escrever, principalmente em blogs, quando pode haver grande interação, tem se mostrado a cura, ou auxílio, para diversos problemas psicológicos ligados à ansiedade, depressão e distúrbios de comportamento ou alimentares. Ou de todos esses juntos, que parece ser o meu caso.

Tô deprimida? O marido ligou e ao invés de dizer “beijo, amor, te amo, tchau”, disse “tá, tchau” e desligou deixando a impressão de não me amar mais, aí vai uma coxinha de frango com catupiry com um copo grande de fanta laranja. Tô com raiva do que tive que aturar calada sem rosnar ou praguejar? Vem aí um Cascão sabor baunilha, calda de chocolate, ovomaltine e waffer. Vai ter prova de Direito Empresarial? Só um X-tudo [tudo meeeeeesmo!] do “Dogão” me acalma.
Mas aí, se for boa notícia, como emprego novo do maridão; ou nota boa em Empresarial e passei sem precisar de prova final; que choveu de aula pra dar... aí merece uma mexicana grande do “Ateliê do Chef”, uma picanha suculenta e gordurosa do “Malagueta”, ou um bom filé à parmegiana no Changrilá.
Ai, ai... Guento com isso?

É ... Ansiosa, deprimida, feliz, raivosa, alegre... a comida está lá, em porções generosíssimas.

Ponto inicial de discussão:

É pra isso mesmo que comida serve? Passatempo?
Consolo? Recompensa? Autopunição? Autoflagelo?

Só se partilha comida? Só se comemora com comida? Só se reúne os amigos em
torno de uma mesa despencando comida?

Então!?! Tenho muito sobre o que refletir nos próximos dias.

Brinde de água de coco para o post de abertura do blog. Salute!

P.S.:

Só para constar: não tenho desconto pela publicidade dos estabelecimentos
ou produtos citados. É porque são bons mesmo. E como são! Eu? Como! E como como!

E também já chega de trocadilhos infames. Inté!