quinta-feira, 29 de abril de 2010
terça-feira, 20 de abril de 2010
Destralhar-se
Tuitei, por volta do meio-dia, a seguinte frase: Preciso de programa de limpeza de computador, para que varra o rastro de quem saiu da minha vida - é lixo.
Há tempos sinto que preciso me desapegar de certas coisas, pessoas, lembranças e preocupações que não me fazem bem, e que não me dizem mais respeito. Introjetar o famoso bordão “isso não te pertence mais”. No entanto, sinto-me impotente, incapaz de varrer para fora de mim os rastros de algumas vivências. É como quando você instala um programa no computador, ele não funciona como prometeu, ou não atende às suas necessidades, e você precisa desinstalá-lo. Retira o programa indesejado, mas alguns rastros permanecem espalhados pela memória, se juntando a outros restos, e comprometendo o funcionamento da sua máquina.
É assim que me sinto: precisando de limpeza.
Aí, agora à noite abro o email e me deparo com um texto atribuído a Carlos Solano, intitulado DESTRALHAR-SE, que parece ter sido enviado sob medida como solução para os problemas mais imediatos. Veja uns excertos:
Será que eu consigo?
terça-feira, 13 de abril de 2010
Como desligar o automático?
Cinema com amigo e enteada numa tarde de segunda-feira [é mais barato]. Nada de pipoca [também por estar muito gripada] ou refrigerante. Pensei: na saída como duas esfirras de mussarela com tomate seco [a coisa mais leve daquela praça de alimentação], acompanhada de suco de laranja.
Depois do chororô – o filme era Chico Xavier - , e do pipi, ouço amigo dizer “vou comer Mcdonalds”, e disparo: vamos pro Ateliê do Chef...? [a melhor pizzaria de Teresina]. Esta foi a minha primeira decisão automática. Tenho que dizer que só agora, quase 24 horas depois, faço esta análise.
Vai a Sanfona Feliz da vida, conversando lorota, errando o caminho, como sempre faz quando tem pouca gasolina.
Já no Ateliê, pego o net pra tuitar enquanto o amigo decide pedir uma gigante [para três pessoas!!!!] e eu confirmo. Segunda das automáticas.
Mas fiz pior: perguntei à garçonete se poderia tem três sabores e ela diz que sim. No que já tinha filé ao vinho com pepperoni, cheddar e catupiry de um lado, com filé de frango, molho branco, champingnon e palmito do outro, eu acrescentei a calabresa com bacon, milho e mais catupiry.
Notei que até ali eu não havia me dando conta do absurdo que estava prestes a fazer.
Eis que chega a gigante. Primeiro uma de “Tarsila”. A segunda “Do Torquato”. A terceira “Mexicana”. Depois parei e namorei a pontinha de mais um pedaço de mexicana abandonado naquela tábua fria e sem vida. Coitado do pedaço de pizza... já pensou o que é ser rejeitado? Rum! Parece brincadeira, mas é mais ou menos assim mesmo que eu me convenço de que preciso daquilo.
Depois, só depois, quando senti o estomago doer, é que veio a consciência do que eu tinha comido. Como pude saborear a comida sem ao menos pensar que estava comendo? Como pode ser tão mais importante cinco minutos de prazer do que uma noite de bem estar – ou mesmo uma vida de bem estar?
Não me culpei, esbravejei, ou coisa parecida... mas fiquei pensando no passo a passo dessa comilança, em como eu poderia ter dito “vou comer esfirra”, ou “peça média de tomate seco com rúcula porque só vou comer um pedaço”.
É preciso estar desperta, sair do automático e tomar pé de todas as escolhas. Ainda que as escolhas não sejam as melhores. Mas como?
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Um mês!
Primeiro mês de sibutramina e freio na boca. Nas primeiras duas semanas tudo direitinho, e como de costume, aquela “desinchada”. Senti diferença no jeans, e notei o rosto um pouco mais fino. Apesar disso, não tenho vontade de comemorar. Tenho me sentido no automático, feia, chata e desanimada. Pode ser o SERASA na minha porta, a carteira sem vintém, a canceira da gripe, ou a saudade permanente do marido que de tão atarefado, mesmo quando está, parece não estar. Ou pode ser que eu esteja com aquele velho problema de ver problema onde não existe.
Semana passada estava em Fortaleza com ele, batendo perna, arrumando coisas, estudando, se estranhando vez ou outra, e namorando. Não tenho mesmo do que reclamar, porque tem sido difícil pra ele ir toda semana pro mestrado em Fortaleza, dar aula em Piripiri, e dar conta de todas as leituras e trabalhos do mestrado, e preparar aulas e provas dos alunos dele.
Ah, mas... Xô!!!!!!!!!!!
Fim do mês volto ao consultório, e posto o saldo!
Se puder dar um chute, é – 3 kg.
Força no zíper!