terça-feira, 13 de abril de 2010

Como desligar o automático?

Cinema com amigo e enteada numa tarde de segunda-feira [é mais barato]. Nada de pipoca [também por estar muito gripada] ou refrigerante. Pensei: na saída como duas esfirras de mussarela com tomate seco [a coisa mais leve daquela praça de alimentação], acompanhada de suco de laranja.

Depois do chororô – o filme era Chico Xavier - , e do pipi, ouço amigo dizer “vou comer Mcdonalds”, e disparo: vamos pro Ateliê do Chef...? [a melhor pizzaria de Teresina]. Esta foi a minha primeira decisão automática. Tenho que dizer que só agora, quase 24 horas depois, faço esta análise.

Vai a Sanfona Feliz da vida, conversando lorota, errando o caminho, como sempre faz quando tem pouca gasolina.

Já no Ateliê, pego o net pra tuitar enquanto o amigo decide pedir uma gigante [para três pessoas!!!!] e eu confirmo. Segunda das automáticas.

Mas fiz pior: perguntei à garçonete se poderia tem três sabores e ela diz que sim. No que já tinha filé ao vinho com pepperoni, cheddar e catupiry de um lado, com filé de frango, molho branco, champingnon e palmito do outro, eu acrescentei a calabresa com bacon, milho e mais catupiry.

Notei que até ali eu não havia me dando conta do absurdo que estava prestes a fazer.

Eis que chega a gigante. Primeiro uma de “Tarsila”. A segunda “Do Torquato”. A terceira “Mexicana”. Depois parei e namorei a pontinha de mais um pedaço de mexicana abandonado naquela tábua fria e sem vida. Coitado do pedaço de pizza... já pensou o que é ser rejeitado? Rum! Parece brincadeira, mas é mais ou menos assim mesmo que eu me convenço de que preciso daquilo.

Depois, só depois, quando senti o estomago doer, é que veio a consciência do que eu tinha comido. Como pude saborear a comida sem ao menos pensar que estava comendo? Como pode ser tão mais importante cinco minutos de prazer do que uma noite de bem estar – ou mesmo uma vida de bem estar?

Não me culpei, esbravejei, ou coisa parecida... mas fiquei pensando no passo a passo dessa comilança, em como eu poderia ter dito “vou comer esfirra”, ou “peça média de tomate seco com rúcula porque só vou comer um pedaço”.

É preciso estar desperta, sair do automático e tomar pé de todas as escolhas. Ainda que as escolhas não sejam as melhores. Mas como?

8 comentários:

  1. Olá,
    É difícil mesmo! Confesso que quando vejo, muitas vezes já fiz igual. Parece que a parte "gorda" do cérebro, insiste em mandar na magra. Ontem fiz algo parecido, fui comprar pretzel para os meninos, me convencendo que ainda não era hora do meu lanche e quando vi, estava me acabando em um de açúcar e canela. Depois vem a culpa.
    Beijocas

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  2. oii linda,

    e errando que se aprende!!
    recomece do zero, um passo de cada vez
    pense,repense e chegue a um denominador comum, mas qual seria?? EMAGRECER E TER SAÚDE. não e fácil mas se eu e outras conseguimos como vc não conseguiria já que e uma mulher super inteligente e guerreira
    força amiga eu sei que vc e capaz!!
    beijos

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  3. amo seu blog e sua sensatez. sou sua fanzoca!

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  4. Sabe aquele ditado "só um novo hábito substitui o antigo"? Então, é isso que ocorre com vc, cmg e com tds as pessoas desse mundo dia após dia. Uma coisa que me ajuda mto é a meditaçao (até fiz um post sobre isso). Mas sei como é dificil romper com um padrao comportamental!Mas o fato de vc estar ciente, já ajuda mto!É o inicio, porem vc ja deu o "start" e nao está se enganando!
    Qdo puder, visite o meu blog:
    http://ameliareinventada.blogspot.com/
    bjs e queijos!

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  5. Fia, adorei o blog.
    Parece que, num tanto de circunstâncias de dificuldades que experimentamos em nossas vidas, a pergunta que nos cabe é: onde mora o meu prazer?
    Saudade, viu?
    Beijo grande!

    Lela

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  6. Eu não saberia responder essa pergunta. Afinal de contas, não seguro muito as minhas vontades...de qualquer coisa!
    Como sem culpa, na verdade, acho que é ela que engorda a gente!!!rs!!

    Beeeeeeeeijo!!!!

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  7. Oi Lindona,
    Tudo bem? Obrigada pela visitinha!
    RA é Reeducação Alimentar. Comprei um livro há uns dois anos e venho tentando incorporar na minha vida. Agora parece que tá dando certo. Sem dúvida é melhor do que dietas restritivas, pois quando voltamos a comer, engordamos de novo. O melhor e aprender a comer o certo.
    Beijocas

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  8. é dificil responder essa pergunta...eu lembro como se fosse hoje...sai com alguns amigos TODOS sentaram em um trailler e pediram um belo hamburguer.Eu estava morta de fome e aquele cheirinho me matando!mas quando o rapaz me perguntou:"E vc,vai querer o que?"eu nao sei de onde tirei forçar e respondi:"Nada,obrigada".Logo depois veio a segunda tortura:ver meus amigos comendo,com aquela vontade o hamburguer,e eu,só ali olhando.parece q nessas horas a fome triplica!mas uma vez eu tirei forças nao sei de onde e me contentei so com o cheirinho...depois daquele dia,vi que eu podia dizer NÃO aquela comilança,e foi ficando mais facil,mesmo que as vezes não resistisse...

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